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horizonte artificial

ideias e achados.

Dezembro

Novembro não foi um mês fácil, por motivos pessoais, e não olho com muito otimismo para dezembro, mas é preciso continuar.

Um motivo de entusiasmo

As notícias que chegam de fora sobre a aprovação iminente de várias vacinas contra o novo coronavírus. Imagino que ainda vai levar algum tempo até a campanha de vacinação começar em força por todo o mundo, mas é isto que tem alimentado a minha esperança em relação ao rumo das coisas em 2021.

Um livro

Comecei a ler O Crime do Padre Amaro e não precisei de avançar muito na história para sentir que vou gostar.

Aprender

Comecei um pequeno curso virtual de espanhol.

Um post na gaveta

Uma pequena resenha sobre o Portugal a pé, outro livro de Nuno Ferreira que me aguçou o desejo de viajar pelo país fora.

Uma fotografia por fazer

As iluminações de Natal na cidade.

Um filme para ver

Da Natureza, de Ole Giæver e Marte Vold.

Novembro

Tinha muitos planos para este mês, que ficam novamente suspensos. Não estou entusiasmado com a ideia de passar mais tempo recolhido em casa, mas a compreensão sobrepõe-se aos restantes sentimentos. Seja como for, não vai ser tempo desperdiçado. Há boas séries para ver (tenho alguns serviços de streaming debaixo de olho que talvez consiga testar gratuitamente nas próximas semanas), alguns livros a caminho nos correios e, sobretudo, vontade de aproveitar este tempo.

Um motivo de entusiasmo

Pode ser o maior motivo de entusiasmo, mas também de desilusão (se não acontecer): a eleição de Joe Biden como o próximo presidente dos EUA. Não consigo evitar sentir ansiedade e todos os seus sinónimos em relação às manchetes da manhã de quarta-feira (se é que já vai haver um resultado por essa altura), mas também alguma esperança. Não tenho ilusões quanto ao progresso que um presidente norte-americano pode promover sozinho ou em apenas quatro anos, mas as grandes problemáticas dos nossos tempos exigem, no mínimo, líderes investidos de empatia e decência.

Um livro

Não consigo decidir-me, por isso destaco dois. Quero muito espreitar o primeiro livro da Márcia, gerado durante o confinamento no início do ano, e com um daqueles títulos que parecem convites: As estradas são para ir. Muita curiosidade, também, pelo próximo livro de Barack Obama, editado este mês, feito das suas memórias dos tempos na Casa Branca.

Um post na gaveta

Uma lista das coisas que me salvaram este ano.

Uma fotografia por fazer

Perdi a última, por isso gostava de voltar a conseguir apanhar uma Lua cheia a crescer sobre o horizonte de Lisboa.

Um filme

Não sei se o vou conseguir ver, mas fiquei intrigado com a sinopse deste "Os tradutores", de Régis Roinsard.

Outubro

Um motivo de entusiasmo

Férias! E a possibilidade de viajar e sair um pouco do mesmo sítio.

Um livro

Continuo a ler o "Portugal a pé", de Nuno Ferreira.

Uma fotografia por fazer

Será que é este mês que consigo tirar uma fotografia à Estação Espacial Internacional?

Um filme

Quero rever o "The net", um thriller de 1995 com Sandra Bullock, que faz um retrato acidentalmente engraçado do potencial e dos perigos que espreitavam com a banalização do computador pessoal e da internet.

Um sítio

Quero muito ficar a conhecer a nova biblioteca de Alcântara, que é inaugurada na próxima semana e parece ser, com base naquilo que já fui vendo aqui e acolá, um edifício bem pensado para servir a comunidade.

Setembro

Um motivo de entusiasmo

Para mim, setembro tipicamente abre a porta a um conjunto de formas de lazer que deixámos no armário, junto dos casacos para os dias mais frios. Sei de algumas coisas que vou fazer menos neste outono-inverno, mas continuo à procura das coisas que vou querer fazer mais em alternativa. Esta pandemia virou tudo do avesso, ao ponto do principal motivo de entusiasmo deste setembro pertencer a maio/junho: a feira do livro de Lisboa. Espero visitá-la, comprar muito com os olhos e rever algumas caras conhecidas.

Um livro

Faço planos de voltar a seguir as pegadas do Nuno Ferreira, desta vez com o seu livro Portugal a pé.

Um post na gaveta

Gostava de publicar finalmente o post que ando a escrever sobre a última exposição que tive a oportunidade de visitar antes do confinamento de março.

Uma ideia para riscar ou esquecer

O meu stock de ideias para esta rubrica está a acabar...

Uma fotografia por fazer

Os golfinhos no estuário do Tejo. Semana sim, semana não, encontro mais um registo no instagram deste pequeno acontecimento. Ultimamente, sempre que passo junto ao rio, varro o horizonte com o olhar, na expetativa de encontrar barbatanas.

Um sítio

Tenho visto alguns posts nos blogs sobre este percurso, o Parque Linear Ribeirinho do Estuário do Tejo, em Vila Franca de Xira, que me suscitaram a curiosidade e a vontade de percorrê-lo a pé.

Agosto

Um motivo de entusiasmo (e uma fotografia por fazer)

Fiquei parvo quando descobri, no mês passado, que era possível observar a olho nu um cometa no céu noturno, o cometa Neowise. Neste tempo de pandemia, precisamos de todas as distrações, e mais algumas, que nos desafiem a sair de casa para aproveitar o ar livre em segurança - sobretudo quando estão em causa fenómenos irrepetíveis (na nossa esperança de vida, pelo menos, já que este cometa só volta daqui a alguns milhares de anos). Uns dias depois, consultei um simulador do céu noturno (introduzindo a nossa localização, mostra-nos o que vai ser possível observar no céu a dada hora) e desafiei uma amiga a ir comigo à sua procura no céu desimpedido do Cabo da Roca. Quando chegámos, o sol já se tinha posto, mas ainda restava uma faixa de luz laranja no horizonte. Não havia outro remédio senão esperar. Enquanto conversávamos no carro, o céu ia escurecendo lá fora e deixando luzir alguns pontinhos aqui e acolá. Quando demos por isso, lá estava, talvez uns 30 graus acima da linha do horizonte, inconfundível com a sua cauda de gás e poeira. A ciência e a tecnologia garantiram-nos que ia lá estar, mas pasmámos mesmo assim. Parecíamos miúdos que acabam de ver a sua primeira estrela cadente.

Já nos preparávamos para ir embora quando arrisquei tirar uma fotografia ao cometa no céu. Uma hora antes, tinha andado a brincar com a câmara, enquanto não anoitecia totalmente, e ficara desiludido com os resultados. É por isso que a segunda surpresa da noite foi verificar que, sim, até a minha câmara conseguia registar aquele pontinho no céu (com um tempo de exposição de 10 segundos e ISO alto).

A fotografia resultante é para estimar, mas não há volta a dar: ficou desfocada. Em agosto, gostava de voltar a tentar captar o Neowise com a câmara, enquanto ainda é visível no céu noturno.

Se quiserem ver um exemplo das fotografias espantosas que têm sido tiradas em Portugal ao Neowise, espreitem esta fotografia do Pedro Silva, feita na ilha do Pico (só tenho pena que tenha sentido necessidade de colocar aquele texto todo por cima da fotografia).

Um livro

Como se não bastasse uma história de amor e traição, com Anna Karénina, comecei a ler mais uma: O primo Basílio, de Eça de Queirós (obrigado, Pedro, pela recomendação!).

Um post na gaveta

Um tema sobre o qual ando a pensar escrever há algum tempo: o que vai mexendo no arquivo do blog, graças aos visitantes que vão sendo encaminhados para esta página pelos motores de busca. Ou seja, os posts mais consultados, e o que acho que isso diz sobre o que os visitantes procuram e, claro, sobre o meu próprio blog.

Um sítio

Tenho curiosidade para espreitar este Jardim das Marias.

Julho

Um motivo de entusiasmo

O seu lançamento foi novamente adiado ontem (para agosto, provavelmente), mas vou passar julho, e a primeira metade de agosto, com os olhos postos na Perseverance.

Um livro

Continuo a ler Karénina, e a desfrutar de cada capítulo. Vou na página 200 e tal, e já tive um momento de espanto como há muito não tinha com um livro (não vou dizer mais, para não estragar a surpresa a quem ainda vá ler). É um romance que continua a surpreender-me todos os dias. Dou por mim frequentemente a expressar espanto por ter sido escrito no final do século XIX. A qualidade cinematográfica das descrições e analogias é verdadeiramente impressionante. Vou levar mais livros comigo de férias, mas este continua a superar todas as expetativas.

Uma fotografia por fazer

Esqueci-me totalmente da fotografia por fazer de junho, por isso, a ver se é desta que faço uma fotografia ao céu noturno.

Um filme

Vi esta cena, totalmente fora de contexto, e fiquei sem saber o que fazer do que vi (quem são aquelas pessoas? como se conheceram? o que está a acontecer? o que vai acontecer?). Por isso, o próximo filme, vai ser Les amants du Pont-Neuf.

Um sítio

Mais um espaço para observar a natureza, o Espaço Interpretativo da Lagoa Pequena, em Sesimbra.

Junho

Um motivo de entusiasmo

Tive de pensar bem nesta, este mês, mas okay, vamos pela chegada do verão.

Um livro

Comecei a ler Anna Karenina, de Leo Tolstoy, e estou a gostar muito. Sei que vou demorar meses, porventura, a terminar, mas sinto aquele entusiasmo de ter começado, nos vários sentidos da expressão, um grande livro.

Aprender

Meti na cabeça que quero fazer umas coisas em origami.

Um post na gaveta

Antes que o esquecimento comece, quero voltar ao tema da pandemia.

Uma fotografia por fazer

A Isa já o fez, e a Ana voltou a lembrar-me da ideia: tentar fotografar a Estação Espacial Internacional no céu noturno.

Um sítio

Gostava de ficar a conhecer o Jardim Tropical de Lisboa, em Belém.

Maio

Um motivo de entusiasmo

O estado de emergência termina no domingo, mas as autoridades continuam a apelar ao dever cívico de recolhimento durante o mês de maio, pelo que deixo o meu entusiasmo para o que posso fazer por casa: um projeto com fotografias do meu arquivo, que talvez veja a luz do dia.

Uma viagem

Publiquei esta semana, no nosso blog de equipa, a conversa super agradável e interessante que tive, em fevereiro, com a Carolina do Entre Parêntesis. A Carolina refere, a dada altura, como gosta de reler os seus diários de viagem (chama-lhe mesmo uma forma de reviajar) e isso fez-me pensar como devia escrever mais sobre as minhas viagens, para agora poder ter esse prazer (e escape).

Um livro

Nada como uma pandemia para levar um desafio até ao fim: estou prestes a terminar o L'Associé, a tradução francesa do romance de Joseph Conrad, um livro muito pequeno, com apenas 85 páginas, que comecei a ler - embaraça-me confessá-lo - há exatamente um ano... Tenho avançado algumas páginas por dia, desde que estou em confinamento, e o mais difícil parece ter ficado para trás. Estou a cinco páginas do final, e a dar-me ao luxo de empatar um pouco mais a sua leitura, para apreciar a atmosfera dramática de traição pintada por Conrad.

Um post na gaveta

Queria escrever sobre as coisas importantes que estão a acontecer lá fora por estes dias, mas quando a linha da frente desta guerra está tão afastada da nossa vivência quotidiana, parece inevitável questionar a relevância daquilo que temos para contar.

Portugal passou hoje o limiar dos mil mortos, um número impensável para mim há apenas dois meses, que não deixa de ser incompreensível ao dia de hoje. Os números de cada dia parecem protelar não só o regresso à normalidade mas também o início do luto coletivo. Neste momento, o confinamento parece ser uma sala de espera da qual não conseguimos sair, nem mesmo para tomarmos sentido da dimensão da calamidade.

Uma fotografia por fazer

Uma fotografia a qualquer coisa bonita na rua, que não seja um indício da pandemia.

Um sítio

Voltar a ir ver o Tejo, se possível.

Abril

Um motivo de entusiasmo

Voltar a sair à rua sem motivo. Tenho esperança que volte a ser possível ainda este mês.

Um livro

O Guia do Parque Florestal de Monsanto, editado pela CML há uns anos, para não me ficar pela superfície das coisas que vou observando e fotografando por lá. Foi o último livro que ainda fui a tempo de requisitar nas bibliotecas de Lisboa, antes da Câmara decretar o seu encerramento (aliás, estava a ser atendido quando a notícia chegou).  

Aprender

Sinto que devia estar a fazer algo mais com todo este tempo por casa. Nem que fosse pão.

Teatro

Esperamos por meses melhores.

Um post na gaveta

Publiquei mais posts no último mês do que em alguns anos de existência deste blog, mas vamos a isto: gostava de escrever sobre uma das últimas exposições que consegui visitar antes do mundo parar.

Uma ideia para riscar ou esquecer

Desafiar um amigo para um projeto qualquer de fotografia.

Uma fotografia por fazer

A cidade esvaziada de gente e movimento. Para a fazer, precisava de sair à rua, sem motivo, e não estou muito virado para aí.

Um filme

Agora que já todos sabemos qual é a sensação de ficar retidos por duas semanas em casa, estou com vontade de rever o Janela Indiscreta.

Um sítio

Se eu pudesse sair agora de casa, sem ter de recear dar explicações a alguém, ou de enfrentar os meus próprios receios, fazia-me à estrada em direção ao Alentejo. Assim mesmo, sem destino certo.

Março

Um motivo de entusiasmo

Uma palavra: Primavera.

Um livro

Terminei o livro do Nuno e a sua viagem a pé pelos Açores despertou a minha curiosidade pelas nove ilhas do arquipélago e a vontade de regressar às caminhadas. Este mês, vou tentar terminar o Viver com alma de José Ricardo Vidal.

Teatro

Fiquei intrigado com este "espetáculo-percurso" no Dona Maria II, intitulado Terra Nullius, que cruza "duas ações simples: caminhar e escrever".

Um post na gaveta

Sinto que estou a perder rapidamente toda a credibilidade com esta rubrica, a prometer posts que depois nunca acabam escritos, mas era bom reunir por escrito alguns pensamentos sobre os meus 13 anos no SAPO Blogs.

Um filme

Tenho este Força Maior para ver.

Um sítio

A sugestão surgiu nos comentários ao post sobre o EVOA, de visitar as Salinas do Samouco, um local de passagem e refúgio, em Alcochete, para uma grande diversidade e quantidade de aves.