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ideias e achados.
Enquanto revisitiva os "25 momentos na história da blogosfera", caiu-me a ficha.
Ando a poluir a internet com listas de 25 coisas desde 2003.
Como eu vejo as coisas, têm duas escolhas:
1) podem dar-me os parabéns
2) ou podem agradecer o posicionamento estratégico - pensado para evitar danos emocionais - do 25.
Estas 26 pessoas são o meu painel secreto de animadores. Fornecem toda a inspiração, humor e porreirice de que preciso em certas alturas.
Descobri uma nova maneira de resumir a longa explicação do que faço no SAPO:
- Trabalho no Overhaulin' dos Blogs!
Este blog só lá vai com "desbloqueadores de conversa". O mais recente ocorreu-me enquanto pensava numa hipotética sugestão para a pergunta diária do Livejournal: o momento mais assustador de 2008?
O meu seria aquele momento, ali entre a uma e as duas de manhã do dia 3 de Outubro, ali entre a confusão e o medo de estar perdido, algures no 19º distrito de Paris pouco depois do concerto de Bon Iver na La Maroquinerie. Tinha feito o percurso inteiro a pé do hostel à disco durante o dia, e estava confiante na minha capacidade de orientação para fazer o mesmo percurso durante a noite: "é seguir sempre em frente", foi o meu brilhante plano.
Desperdicei a oportunidade de apanhar o metropolitano, enveredei pelas ruas que me levavam na direcção do hostel e não olhei mais para trás, até que dei por mim sem pontos de referência, nada pelo qual eu tivesse passado poucas horas antes, virasse por onde virasse. Sabia que devia continuar para noroeste, mas tirando isso não sabia onde estava.
Finalmente, depois de 10 minutos, consegui encontrar a rua por onde tinha vindo nessa tarde e retomar o caminho certo, mas esse pequeno desvio proporcionou-me o momento mais assustador do ano. Se o medo fosse um sítio, seria um onde nunca tivéssemos estado antes.
Quando já me preparava para escrever este post, encontrei esta ideia no blog de David Horvitz (um tipo que começou a publicar todos os dias uma ideia para fazer algo de diferente, ou apenas de maluco, durante o dia):
Gostava de ver a minha cara naquele momento (mas tirei esta fotografia, porventura para recordar o momento em que respirei de alívio por não ir dormir num banco de rua em Paris).
Achei piada a esta ideia de explorar a sensação de estar perdido como se fosse uma maneira de acordar os sentidos e quebrar a rotina, comparável a ir ao cinema ou desafiar o paladar com comida exótica.
O meu "olhar distante no futuro" até que não saiu mal. (feito no Obamicon)