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horizonte artificial

ideias e achados.

Stayin' Alive

Fui, finalmente, ver o Tejo. O azul do rio, o laranja dos cacilheiros seguido do seu rasto branco, o violeta pontual dos jacarandás. Algo parecia, mesmo assim, ausente. Cruzámo-nos com menos pessoas do que seria de esperar, para uma tarde quente de maio, a primeira sem chuva na última semana. Um grupo de amigos escolheu a zona ribeirinha para se juntar, e encontrou uma forma inusitada de manter a distância: alinharam as traseiras dos seus cinco ou seis carros em círculo e sentaram-se, cada um no seu porta-bagagem, a conversar. Na avenida 24 de julho, a surpresa com os canteiros centrais, a transbordarem de vegetação, produzindo um efeito muito bonito (que só a nossa passagem de carro estraga). No Cais do Sodré, virámos à esquerda para subir a rua do Alecrim. O Largo do Chiado parecia pouco movimentado, mas estávamos apenas de passagem, porque voltámos a descer em direção ao rio. Pelo caminho, avistámos um casal a petiscar na rua, a ser servido pela janela do restaurante. Um bocadinho de inveja. Mais à frente, dois miúdos, um dos quais tinha uma semelhança extraordinária com o Cristiano Ronaldo, aproveitavam o fraco movimento nas ruas para treinar manobras de skate. Pouco depois, rumámos a casa. Enquanto fazia o meu exercício de equilibrismo na avenida de Ceuta (manter o ponteiro da velocidade exatamente nos 50km/h), começou a tocar Stayin'Alive na rádio. Esqueci o radar e pus-me a cantarolar.

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