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horizonte artificial

ideias e achados.

Lançamento

Nunca pensei que pudesse experimentar tantas sensações físicas sentado a uma secretária, frente a um ecrã de computador. Já tinha passado por outros lançamentos de funcionalidades antes no trabalho, mas esta semana foi diferente: no fim do dia, sou eu que tenho de explicar as mudanças feitas.

 

Apesar de já saber o que me esperava, nada nos prepara para a avalanche de feedback (e emoções) que acionamos ao mexer com os hábitos e gestos de outros seres humanos, que reajem (surpresa!) como humanos. E depois percebemos que essa onda de neve vem na nossa direção. Felizmente, no nosso caso, o lançamento passou sem bugs ou problemas graves, mas até as coisas mais pequenas conseguem ganhar grandes proporções para quem está familiarizado com um botão ou gesto. Podem mudar, ampliar e remodelar a casa toda, mas deixem de fora aquele cabide atrás da porta, e é garantido que é nisso que o vosso cliente vai reparar ao entrar.

 

Em termos de usabilidade, sociologia e comunicação (pela forma que temos de encontrar de apresentar, explicar e envolver as pessoas na mudança), é uma experiência fascinante e que exigiu, a nível pessoal, tudo o que aprendi nos primeiros anos deste trabalho com uma das melhores profissionais neste ramo.

 

Mexer com a tensão arterial não é uma coisa boa, mas há uma parte de mim (a maior, para dizer a verdade), que delirou com o desafio. E isto só é possível quando temos 101% de convicção de que, se pudéssemos voltar atrás no tempo, só faríamos mais e nunca menos. Caramba, se não faria mais! :)

 

Agora vou ali sofazar, pôr séries em dia (Veep, vejam a Veep, a sério) e tentar parar de consultar o meu e-mail a cada 5m.