Ainda não regressei a todos os meus sítios preferidos
Uma espécie de post-balanço de 2021
Foi um dos objetivos que coloquei na cabeça assim que começámos a falar em desconfinar, ali a partir do passado mês de maio: regressar a todos os meus sítios. Já estamos em 2022, a sair aos poucos de uma "semana de contenção" (mais uma para o glossário destes tempos estranhos que vivemos), e dei por mim a pensar se já teria revisitado todos esses sítios que frequentava ou dos quais tirava prazer em espreitar ocasionalmente.
Acrescentei sítios novos a essa lista em 2021, alguns dos quais passei a frequentar regularmente, mas os sítios do costume? Esses, continuam, à falta de melhor palavra, intermitentes. Visitá-los ainda depende da vontade explícita de regressar. Falta espontaneidade e serendipidade, por um conjunto de motivos.
Daqueles que atribuo à pandemia, consigo ilustrar um: a falta de vontade de ficar meia hora com um chá e um livro aberto numa das minhas pastelarias (o meu coração pasteleiro franchisa mais localizações do que a Padaria Portuguesa). Mesmo com todas as medidas de segurança, continuo a evitar passar muito tempo em espaços fechados que sejam frequentados por muitas pessoas.
Portanto, não, ainda não regressei a todos os sítios, todas as vezes que gostaria de ter regressado. E escrevo isto mais em jeito de constatação do que de lamento. O meu desejo para 2022 é que, estando o essencial assegurado, saibamos aproveitar cada aberta na meteorologia, cada hora livre e regressar aos nossos sítios favoritos.