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horizonte artificial

ideias e achados.

A proa do MATT

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Um novo museu em Lisboa, junto ao rio, é como uma prenda antecipada de Natal para qualquer fotógrafo amador. E eu estava há meses a querer desembrulhar esta. Não pude ir ao MAAT quando foi inaugurado, no dia 5, mas fui seguindo, com curiosidade e crescente deleite, algumas das fotografias que foram sendo publicadas nas redes sociais. Uma das perspetivas que mais gostei de encontrar foi este post do João Freitas Farinha, cuja competência técnica, ao nível da fotografia, salta à vista. Tinha algumas reservas em relação à localização do MAAT, e ao que podia trazer a uma das minhas partes favoritas da cidade, mas depois de o ver de quase todos os ângulos possíveis no instagram, e a forma como claramente cativou os lisboetas, acho que posso render-me.

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Guardei a minha primeira visita para ontem e um final de tarde chuvoso. A luz já não era a ideal e o vento também não ajudou (eu estava a lutar mais com o meu guarda-chuva do que o casal na fotografia acima). Por outro lado,  apanhei o edifício iluminado.

 

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O glossário arquitetónico mais à mão é insuficiente para descrever um edifício, da autoria de Amanda Levete, que se abre para um vasto espaço interior e cá fora se espraia para criar um espaço público. Se a quantidade de fotografias que já lhe foram tiradas servir de medidor, parece estar no bom caminho para figurar, a par da Torre de Belém e do Padrão dos Descobrimentos, como um dos edifícios mais icónicos da frente ribeirinha de Lisboa.

 

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A pala do edifício é um feito de engenharia e o traço mais distintivo do MAAT. Aplica a aerodinâmica de uma asa de avião à proa de um navio de cruzeiros, o que parece ser uma conjugação feliz para um edifício situado no ponto onde se cruzam as principais rotas, aéreas e marítimas, de entrada em Lisboa. Esta fotografia no instagram, do primeiro dia da inaguração, com dezenas de pessoas no topo do edifício, ilustra bem como o MAAT pode passar, de uma certa perspetiva, por um navio no qual os passageiros convergiram à proa para verem a cidade passar. O MAAT faz o mesmo por quem fica em terra e se quer debruçar sobre o Tejo. Podemos procurar ali as formas que quisermos. Quem quiser até pode encontrar o figurino de outro ícone das redondezas: o pastel de nata de Belém.

 

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Três tipos de pessoas que podem ser vistas junto ao rio Tejo, quaisquer que sejam as condições meteorológicas: corredores, ciclistas e fotógrafos. E não, não registei uma queda. O senhor aproveitou a escadaria da mais recente inovação arquitetónica na cidade para fazer algumas flexões.

 

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