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"Não sei quem anda a pintar as portas entaipadas dos prédios mortos de Lisboa. Mas adorava saber quem é este meu novo herói anónimo. Por uma vez, aprecio quem assim grafita a cidade. Alguém, por aí, que não encolhe os ombros, antes arregaça as mangas e pega numa trincha para iluminar a cidade moribunda. E nos diz a todos, habitantes, visitantes ou autoridades municipais, que não somos totalmente indiferentes a tanto desleixo e cinismo, a tanto esquecimento e incúria."
- Catarina Portas, numa crónica do Público intitulada Azul, procura-se (via Caderno Branco)