30/12/08
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Aprecio o carácter terapêutico das listas. Quanto mais abstractas e inúteis elas são, maior é a cura. O poema de Elizabeth Bishop não é bem uma lista, apesar de fazer algumas enumerações: chaves, relógio, três casas, duas cidades, dois rios, um continente, uma voz, um gesto, etc. Digamos que precede a lista, é uma espécie de manual de instruções (ou precauções) para o passado e futuro.
No dias felizes.