Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]
ideias e achados.
Duas histórias curiosas desta semana que vale a pena associar aqui: o investigador de Coimbra que criou um poeta artificial (é o tipo de coisa que este blog não podia deixar escapar) e o corredor que fez os 21km da meia maratona de Lisboa descalço.
É não publicitá-lo no blog. Para não acontecer, duas semanas depois, ter de anunciar que já não se vai participar devido a uma lesão.
O meu joelho direito começou a doer há duas semanas depois de uma corrida, parei uns dias para descansar, e voltei a testar esta semana, mas a dor voltou quase imediatamente. Estivesse tudo OK, e mesmo com a preparação já estragada, iria correr no domingo, mas bastou correr mil metros, na quarta-feira, para o joelho voltar a dar sinais de problemas.
Estou um bocadinho frustrado, tendo em conta que comecei a preparar-me para esta corrida em Dezembro (208 quilómetros corridos desde então), mas sobretudo desanimado com a ideia de ter de parar de correr por uns tempos, logo na melhor da altura do ano para o fazer em Lisboa. Na última semana, com a chegada do bom tempo, foi ver corredores a surgirem de todas as esquinas e direções na Baixa e junto ao rio.
No domingo espero que o joelho me permita ir caminhar na mesma, e passar a ponte (a melhor parte). Se forem, boa corrida!
A meia-maratona de Lisboa é já dia 16 de março. Vai ser a quinta vez que atravesso a ponte 25 de Abril a pé e a primeira vez a correr a meia-maratona (21km), sendo que a maior distância que fiz a correr até hoje foi 16km - e chegar lá foi como esbarrar numa parede. O objetivo é fazer os 21km sem parar ou caminhar (e só colapsar na meta).
Inscrevi-me na prova no final de dezembro e imaginar-me a desistir a meio ou a não aguentar os 21km a correr forneceu a motivação que precisava para cumprir uma resolução antiga de passar a correr diariamente. Não sou obcecado por correr, nem tenciono passar a ser, mas gosto da ideia de fazer exercício físico ao ar livre, sem restrições de horário ou percurso. Virar à esquerda quando quiser, seguir pela primeira vez por aquela rua, olhar por cima do ombro e ver o dia a nascer sobre a cidade.
Depois de ter conseguido chegar aos 16km, no início de fevereiro, passei a estar mais otimista em relação às minhas possibilidades, mas de vez em quando vou rever no Google Maps o percurso da prova e o meu ceticismo aumenta a cada nível de zoom no mapa, à medida que as distâncias começam a ficar mais próximas da realidade. Conheço pessoas que fazem 10km como se fosse um passeio no parque, mas 21km e 2 horas de corrida (estimativa baseada no meu ritmo médio de 5'44/km) estão completamente fora da minha área de conforto.
Estou cético e um bocadinho apreensivo com o esforço necessário para cumprir o objetivo, mas mais do que isso, estou entusiasmado (e é daí que vem este post) com a ideia de ultrapassar um limite físico meu e curioso com a sensação que se seguirá.
Dia 16, por esta hora, já saberei.