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horizonte artificial

ideias e achados.

A minha primeira meia-maratona

Depois do falhanço do ano passado, hoje corri finalmente a minha primeira meia-maratona de Lisboa.

Há cinco anos seguidos que não falho este domingo na ponte (como participante da mini-maratona) e este foi provavelmente o mais nublado. Não que tenha feito qualquer diferença ao nível da temperatura. Aos 8km da prova já procurava aproveitar qualquer réstia de sombra ao longo do percurso, fosse proporcionada por árvores ou por um dos comboios da linha de Cascais.

O meu recorde anterior de distância era de 16km, pelo que não sabia mesmo o que me esperava hoje, ao passar essa fronteira. Posso dizer que foi bem mais fácil do que imaginava, sem demasiado esforço e qualquer dor. Inesperadamente, foi mais difícil psicologicamente do que em termos físicos. Os últimos 4km, em particular, pareciam um campo de batalha, com sucessivos corredores a precisarem de assistência, incluindo uma situação envolvendo reanimação (que, infelizmente, soube mais tarde, não foi bem sucedida).

O som repetitivo da passada da multidão a certa altura começou a moer. Estávamos todos a seguir na mesma direção, mas tão focados no nosso desempenho individual que não diferiu muito de correr sozinho. Foram duas das horas mais solitárias que passei no seio de uma multidão, isso é certo.

Tinha o objetivo algo irrealista de completar os 21km da prova em menos de 2 horas, a uma média de 6 minutos por quilómetro, e algo inesperadamente consegui, com 51 segundos de margem (tempo oficial: 1h59m09s). Não tenho a certeza do que se segue, nem sequer se quero voltar a participar numa corrida organizada desta dimensão, mas para já, fica a sensação de um objetivo cumprido.