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horizonte artificial

ideias e achados.

como saber quando alguém não usa o seu próprio serviço

 

Quando desenhas uma app:

 

1) para ser facilmente consultada por pessoas na rua, "on the go";

2) com pressa para apanharem um transporte público, que pode ou não estar a chegar à paragem mais próxima;

3) e, certo dia, decides informar essas pessoas, ao abrirem a app, sobre a tua vontade de "mudar de imagem";

4) sempre que a app é aberta

 

É porque não usas a app que desenhaste.

soprar as velas ao facebook

Passei o dia no twitter a descompor a cobertura televisiva do aniversário do facebook, feita da tradicional inabilidade da televisão para falar de coisas que só existem "virtualmente" e de tentativas confragedoras de sublinhar como o facebook "mudou as nossas vidas". Na SIC, o Primeiro Jornal, um programa noticioso visto potencialmente por milhões de espetadores, deu por si a tentar extrair assombro com os "dois mil gostos" obtidos por uma fotografia publicada em direto na rede social. O impacto do facebook é mesmo tão grande que seria de esperar que fosse mais fácil (e simples) de abordar o tema, sem recorrer a tantos pasmos e explicações.

 

Vá, mas frustrações à parte, vale a pena destacar e falar da forma como o facebook assinalou o seu próprio aniversário, com esta aparentemente modesta Retrospetiva.

 

Basta abrir a página e o visitante é imediatamente brindado com um pequeno vídeo, gerado automaticamente a partir das suas mensagens e fotografias mais comentadas na rede social. É um conceito com o qual o facebook e o instagram têm vindo a brincar há já alguns anos (com os tradicionais especiais de fim de ano), mas o trabalho de animação aqui vai um bocado mais longe com a ideia. As transições e os efeitos do vídeo estão ao nível de um anúncio televisivo, o que dá a ilusão que foi preparado por um editor humano antes de chegar ao utilizador. É um abre-olhos instantâneo e o sonho de qualquer profissional da comunicação que persegue esse santo gral que é o deleite em massa.

 

O postal é assinado, num belo toque final de personalização, pelo "Mark" e equipa do facebook.

 

As melhores ideias são estas, feitas de substância (neste caso, as próprias experiências e momentos partilhados pelo utilizador), modéstia (sem falsos auto-elogios) e magia (tecnológica).