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horizonte artificial

ideias e achados.

ler é fixe (e difícil)

When I pick up a book it is a conscious decision. It's not a habit - but initiating the idea of maybe reading a book instead of random stuff online is.

Excerto de um breve artigo de Rohan Nowell sobre a necessidade que sentiu de diversificar os seus hábitos de leitura para lá das redes sociais, blogs e manchetes no smartphone. É algo que também senti há uns anos e ele acabou por adotar a mesma estratégia que eu: tirar o maior partido possível do tempo passado em transportes públicos para voltar a alimentar o gosto pela leitura de profundidade.

Para mim, tal como ele diz, não é um hábito, é o resultado de uma decisão consciente. Senti mesmo que precisava de voltar a acender e reativar as áreas do meu cérebro responsáveis pela leitura, concentração e memória. Trata-se de contrastar a leitura relâmpago que faço online o dia todo e que depois tende a manifestar-se em falhas de atenção, precipitação na tirada de conclusões, frequentes "brancas" causadas pela crescente dependência nesse auxiliar de memória que é o Google, repetição constante de palavras na escrita (a começar neste blog..), etc.

Participar no Goodreads, por exemplo, é outra estratégia pessoal para me obrigar a ler mais e encontrar novos livros que me consigam prender. Ler para mim tornou-se quase tão importante quanto o pequeno-almoço. Posso falhar uma vez ou outra, mas já me custa passar mais de um dia sem virar uma página.

Por falar em ler, vale a pena concluir o resto da exortação de Nowell: Put down your smartphone and grab a book.

shuffle

Fascinante, o relato no Mesa do Chef de uma refeição no NOMA, votado por alguns "o melhor restaurante do mundo". O título pode ser um bocadinho desnecessário, mas o desfile de invenções e surpresas gastronómicas à mesa de uma única refeição neste restaurante é qualquer coisa.

 

No Blog de Cheiros, um assunto pessoal de interesse público.

 

Introdução especial de "House of Cards" ao jantar dos correspondentes da Casa Branca. Estou mega ansioso pela segunda temporada da série.

 

Exercício criativo interessante de David Bowie: não gosta de dar entrevistas nem de falar do seu trabalho, mas abriu uma exceção ao escritor Rick Moody, a quem enviou uma lista de 42 palavras que associa ao seu mais recente álbum.

 

No Público, o vídeo Óbidos vai ser uma vila literária.

o cravo

Não houve chuva de cravos na quinta-feira, mas o Público publicou um artigo onde aborda o simbolismo do cravo. Mais interessante do que saber quem escolhe colocá-lo na lapela durante as cerimónias oficiais, é a história casual (e maravilhosamente não-tabagista) de como o cravo se tornou um símbolo do 25 de Abril:


O cravo, que também se tornou um símbolo internacionalmente associado a Portugal, foi entregue por Celeste Caeiro, agora quase com 80 anos, a um soldado. O restaurante onde trabalhava celebrava o seu primeiro aniversário e tinham flores para comemorar. Com o desencadear da revolução decidiram não abrir. Celeste dirigiu-se para casa com o ramo de cravos na mão quando no Rossio um soldado lhe pediu um cigarro. Como não fumava deu-lhe um cravo que o jovem colocou no cano da espingarda. O gesto foi seguido pelos outros soldados, até terminarem os cravos.

shuffle

Duas semanas de favoritos, retweets e gostos por aí.

Odeio os meus amigos, um interessante take sobre "o défice de nerdismo nacional":

O melhor da cultura nerd é celebrar essa capacidade de gostar, o entusiasmo de sentir que “gosto disto” e quero partilhar.

O Daniel fala ainda em algo com o qual estou muito de acordo, a necessidade de também "aprender a gostar" de uma maneira que supere os nossos próprios horizontes do gosto.

A internet é ótima a dar respostas a perguntas que provavelmente nunca nos ocorreria fazer, a começar por esta: qual é a maior distância numa linha reta que é possível fazer a pé entre dois pontos do planeta? (via @tweetsauce)

O que fazer às nossas identidades virtuais depois da morte? O Google parece que andou a pensar sobre o assunto e surgiu com o Inactive Account Manager, que permite definir o que acontece aos nossos conteúdos alojados no Google depois de um determinado período de inatividade. Uma ferramenta para espreitar e um tema a que vale a pena voltar aqui um dia destes.

Momento instagram, aqui. Continuo a achar fascinante a utilização de persianas para comunicar mensagens no centro de Lisboa. Relacionado: achei piada, e um bom exemplo de uma marca nacional a usar o twitter para acrescentar algo, a este tweet da Priberam.

Momento Youtube, para quem, como eu, tem uma coisa por listas de 5 coisas.

por falar em Coches, baby

 

O YouTube no iPad é um dos motivos porque deixei de ligar a televisão à noite. Foi por lá que descobri o canal do Petrolicious, uma série de pequenos vídeos sobre carros de estimação e os seus proprietários. O vídeo acima é sobre o Lamborghini Countach, o superdesportivo das portas que abrem em tesoura, e um dos carros mais icónicos dos anos 70. O seu dono no vídeo tem quase tantas coisas boas quanto más a dizer sobre ele, mas não há dúvidas que é um design ousado em quatro rodas.

a sinalética do futuro Museu dos Coches

Embora de fora me pareça excessivamente betonoso (a palavra existe?), vou ter de esperar que seja acabado, e de visitar, para me decidir em relação ao edifício que a partir de 2014 vai passar a alojar o Museu dos Coches, em Belém. Para já, a sinalética que está planeada, da autoria do designer António Queirós, e da qual o P3 levanta uma pontinha do véu, surpreendeu-me e desarmou algumas das minhas reservas iniciais apontadas ao projeto do arquiteto Paulo Mendes da Rocha. Diz o P3, sobre a ideia de Queirós para os painéis informativos que vão rodear cada coche:

Com a barreira modular que envolve os coches, António quis atender a vários funcionalidades. Um grupo grande ("é o museu público mais visitado em Portugal") pode ler, em simultâneo, as legendas, que, aliás, estão em várias línguas. Até num banco se pode transformar

Depois do post anterior, ainda vou a tempo de mudar o meu plano B, de operador de câmara em helicópteros para designer de sinaléticas para museus?
É que não me importava de ter no meu portfólio (se tivesse um sequer) alguns dos trabalhos de António Queirós que o P3 destaca. Aguçou bastante a minha curiosidade em relação ao novo museu e a esta área de trabalho, da sinalética, que passa muitas vezes despercebida mas pode ser decisiva a iluminar, literalmente, as linhas e direções de um projeto arquitetónico.

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