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horizonte artificial

ideias e achados.

shuffle

Há muita coisa esta semana para fazer shuffle.

 

A Tina Fey é como aquele amigo que tem piada a falar de qualquer coisa. E este vídeo onde fala do Twitter confirma-o.

 

O P3 foi conhecer o agente destacado para o bairro mais volátil e perigoso da Internet, o facebook. O artigo tem a sua piada (até porque mostra que a PSP tem sentido de humor), mas achei curioso ficar a saber que na produção de conteúdos a PSP tem à sua disposição os mesmos recursos que eu:

"não há cá empresas de "marketing" associadas. “Conseguimos perceber que conseguimos fazer este tipo de comunicação com a prata da casa.” "Brainstorming" só entre polícias — as montagens são feitas em Adobe Photoshop ou CorelDRAW, com recurso a imagens do fotógrafo-polícia oficial ou oriundas de plataformas como o Stock.xchng."

 

Metro + correr + desafio estúpido = um excelente vídeo.

 

A notícia consumista da semana: Kindle Paperwhite disponível para Portugal. O futuro das minhas leituras passa pelo Paperwhite.

 

Um trabalho fotográfico original no Expresso, sobre a romaria que se formou para ir ver o barco encalhado na costa perto de Aveiro.

 

O mau tempo da semana passada causou milhões de euros em prejuízos, mas para quem vive nos subúrbios de Lisboa, a história do temporal resumiu-se a uma letra.

 

Documentário da semana: quando um Boeing 747 vai à inspecção, é mesmo a sério. Todos os 747s da British Airways têm de ser submetidos a uma revisão completa a cada 6 anos, uma gigantesca operação de manutenção que dura 5 semanas e implica desmontar e testar praticamente todas as peças da aeronave (cafeteiras e sanitas incluídas). Uma equipa da BBC foi autorizada a filmar pela primeira vez todas as etapas do processo e o resultado pode ser visto na íntegra no Youtube.

achados: Those Who Make

O screenshot é deste vídeo, sobre Pim Kousemaker, que se dedica ao restauro de automóveis clássicos. Ele explica no vídeo a sua paixão pelo que faz e a certa altura sai-se com a frase acima, que achei que merecia citação, porque tendo a fazer o mesmo. Consigo ficar 10 minutos a contemplar o resultado final de um trabalho ou a solução que encontrei para um problema, por mais insignificante que seja (pode ser um pedaço de CSS ou uma saboneteira nova...).

 

Encontrei o vídeo num canal do Vimeo chamado Those Who Make, que reúne vídeos de todo o mundo sobre gente que se dedica ao artesanato, ou mais simplesmente, a fazer coisas. Aviso já que é o tipo de coisa que uma vez aberto, é incrivelmente difícil de parar de ver. (via) São vídeos muito curtos, extremamente bem filmados e editados, onde se aprende sobre os mais variados ofícios, alguns dos quais nem sabia que existiam ou ainda eram praticados.

média: o acidente de Alfarelos em 360º

Na segunda-feira à noite um comboio Intercidades chocou com outro comboio Regional que estava imobilizado junto à estação de Alfarelos, em Soure. De acordo com relatórios preliminares, o Intercidades chegou a accionar os travões, mas um problema de aderência terá impedido a paragem completa a tempo de evitar a colisão a 42 km/hora.

O embate não causou vítimas mortais, mas mesmo a essa velocidade foi suficiente para provocar um cenário impressionante de destruição, que o Jornal de Notícias tentou mostrar em toda a sua dimensão nos dias a seguir recorrendo a uma técnica inovadora de fotografia.

O JN parece ter contratado os serviços de uma empresa especializada para produzir esta panorâmica aérea do local do acidente, que pode ser ampliada e explorada em 360º (não funciona em iPhones ou iPads). A panorâmica é composta por fotografias recolhidas no ar, presumivelmente a partir de um pequeno balão ou veículo telecomandado, o que proporciona um ponto de vista único do desastre, até mesmo para quem esteve fisicamente no local.

Já existe uma pequena indústria lá fora dedicada à fotografia aérea telecomandada, mas é a primeira vez que me cruzo com a sua utilização num órgão de informação nacional, e o resultado é francamente surpreendente, sobretudo quando apontamos a imagem para baixo e percebemos que a câmara está suspensa invisivelmente no ar. Trata-se de uma técnica que junta fotografia e veículos telecomandados para colocar o público literalmente em cima do acontecido.

O "em cima do acontecimento", neste caso, esteve reservado a quem passou pelo Twitter na segunda à noite e apanhou as referências aos tweets de uma passageira do comboio Intercidades envolvido na colisão. A sequência dos tweets e a sua história está contada aqui. Fui um dos que nessa noite ficou a saber do acidente pelo twitter e teve tempo de trepidar um bocado até chegarem as primeiras informações de que estavam todos bem.

bad things

Estava a pensar no que podemos fazer às más coisas que nos acontecem e a tentar encontrar uma boa resposta, quando me lembrei da caixa acima, avistada na casa da minha guarida em Londres. Não sei o que tem dentro, mas consta que não são realmente bad things. Pelo menos, nada que possa colocar em risco a vida na Terra tal como a conhecemos. Pela descrição que me foi dada há uns anos, parece-me que o sentido da caixa pode ser exatamente o contrário e igual ao de um estojo de primeiros socorros, com a diferença que são socorros para a alma ou para o coração (o outro, o secreto). É uma daquelas ideias que acendem uma luzinha cá dentro e ativam o gira-discos da imaginação. Vou pensar no que colocaria dentro da minha caixa, mas para já, começava por uma gravação da chuva lá fora, misturada com um álbum de Bon Iver.

shuffle

Uma semana de leituras, achados na net e outra miscelânea.

 

A pergunta da semana: Where are we now?, de David Bowie.

 

O melhor post até agora sobre a campanha da Samsung está no Lóbi do Chá. A lição cómica disto tudo coube à Lina verbalizar: Por estas e por outras é que uma pessoa só deve desejar saúde.

 

No Público, um artigo sobre um site alternativo ao Diário da República, que partilha e facilita o acesso à legislação publicada no site oficial. Não sei dizer se a alternativa funciona melhor ou não, mas a iniciativa ganha mérito por expor as falhas de usabilidade do Diário da República. O rol de defeitos ganha contornos mais assustadores quando o autor da iniciativa fala sobre uma dificuldade encontrada no site oficial que não soa nada acidental:

Questionado sobre o que é preciso melhorar no DRE, Helder Guerreiro contrapõe: “A pergunta é mais sobre o que é que o DRE faz para nos dificultar o acesso à informação.” E dá um exemplo: os links, que são gerados em cada sessão, “expiram ao fim de cerca de 36 minutos”, o que dificulta a partilha de legislação porque o hipertexto deixa de funcionar. “Os links só são válidos enquanto os cookies não expirarem”, critica.“É preciso desenvolver infra-estruturas para isto. Porque é que o fazem?”, declara ao PÚBLICO.

Ainda não vi, mas tenho a certeza que vale a pena ver: os 55 minutos do documentário da National Geographic sobre o fotógrafo oficial do Presidente dos EUA. O flickr da Casa Branca, feito na sua maioria de fotografias tiradas por Pete Souza, é um registo histórico e por vezes íntimo da presidência Obama e tem sido um fascínio acompanhá-lo desde 2008. Ponto extra: o documentário é narrado por Morgan Freeman.

 

Às vezes não ter acesso torna as coisas mais interessantes. É o caso deste post do Diário de Lisboa sobre o barateiro da Casa Amarela.

imagem: do novo MEO

A nova imagem do MEO foi apresentada esta sexta-feira e estou entre os que gostam do resultado final, da responsabilidade da Mybrand. O logotipo está ali entre o rupestre, o alienígena e as capacidades de um miúdo do infantário (que terminam onde começa o logo da Sonae*) e isso reflete-se nas suas qualidades: imediato, vagamente intrigante e fácil de brincar.

 

*Fui consultar o site da Sonae para me reavivar a memória, e o tempo não ajudou a suavizar a impressão inicial: continua uma confusão de círculos e de intenções.

shuffle

Uma semana de leituras, achados na net e outra miscelânea.

As fotografias de Lisboa deste utilizador do flickr, a começar por esta, na qual é permitido a uma chávena de café roubar a atenção da cidade por trás. Há mais para ver no álbum.

Um artigo do suplemento de domingo do NY Times sobre o perdão numa das mais difíceis e extraordinárias situações: um homicídio. Pode o perdão desempenhar um papel no sistema judicial? é a pergunta que o artigo coloca, ao aprofundar o caso raro na Florida de uma família que procurou ativamente reduzir a pena de prisão do rapaz que namorava e matou a sua filha com um tiro na cabeça. O jornalista chega a falar com os vários intervenientes no processo, conhecido por justiça restaurativa, e é muito interessante perceber como algumas pessoas descobriram e tornaram-se impulsionadoras desta forma de justiça (incluindo uma conversa inesperada com o Dalai Lama). Algumas valiosas lições por aqui, aplicáveis a mais campos da vida.

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